domingo, 5 de julho de 2009

Rota do Beça & Tãmega

...Estes são os relatos de mais uma incursão dos Kezia, neste caso na zona de Ribeira De Pena.
Este passeio tinha para mim elevadas expectativas, causadas pelos relatos anteriores de alguém que já o tinha realizado. Além disso fica na história dos Kezia pela estreia oficial do “ Keziamóvel “.

O “ Keziamóvel “ trata-se de um veículo de tracção animal ou a reboque, para transporte de bikes, resultado da fusão entre “ um atrelado de transporte de bilhas de gás, “ um tradicional carro de bois “típico da nossa bela região minhota, “ um eixo de um Citroen todo podre “, anos ??!! de estudo e sucessivos testes de aerodinâmica, crash test, etc e muito conhecimento de base “ cientifica!! “ levados
a cabo pelo nosso colega Daniel.
A ele um “ bem-haja “ de todos nós pela iniciativa. “ Um homem sonha e a obra nasce! “

O encontro foi em Guimarães pelas 7:30 no local habitual. Após colocação de todas as bikes no tão desejado “ Keziamóvel “ lá partimos com destino a Ribeira de Pena.
No Gps tinham sido colocadosndois percursos, um de btt e outro pedestre porque havia a “remota “ possibilidade de chegarmos ao destino sem as bikes, sem o Keziamóvel ou as “ duas coisas “. Enganem-se os mais cépticos, pelo caminho não foi necessário apanhar nem bikes, nem “ peças “ !! Tudo como planeado, porreiro !
Na chegada já tínhamos á espera uma vila em festa, aliás como já tinha acontecido no relato anterior(na aldeia de Cabreiro no passeio á Peneda). Neste andar mais um ou dois passeios e temos recepção com honras de estado !
Bom, mas como o que nos levou a levantar tão cedo foi o passeio de btt, lá iniciamos o percurso como sempre guiados pelo “ Magalhães “.
O dia estava chuvoso o que poderia retirar alguma beleza ao percurso, mas nada a que já não estejamos habituados.
Começamos com um percurso descendente em direcção ao Rio Tâmega onde logo encontramos o primeiro ponto de registo, uma ponte de arame, que após alguns minutos de observarmos a sua beleza e aspectos de construção utilizamos para passar para a outra margem.
Seguimos alguns kilometros em direcção ao Rio Beça onde desta vez nos esperava mais uma ponte de arame, mas neste caso de qualidade de construção e manutenção “ muito duvidosa “. Após algum tempo de observação e dos mais variados comentários, pensei cá p`ra mim : Bom, é aqui que o grupo se divide !, os que seguem, os
que voltam para traz e os que caem ao rio !. Felizmente enganei-me, todos seguimos, uns em cima da bike, outros a pé agarrados á bike e outros a pé agarrados á bike e á ponte estilo “ não cabe um feijão ….. !
Após mais este belo registo seguimos agora num percurso mais ascendente, onde tudo corria na melhor disposição já habitual e originada pelos mais diversos comentários a esta atribulada travessia do Rio Beça e pela beleza do percurso. Mais alguns kilometros e o Baptista que seguia na frente pergunta para trás : Ó . .ilva, tas fixe ??, ao que passados alguns segundos se ouve um murmurar : . . . da-se!! tás fixe ? já meio empenado e todo molhado !!,deves estar a gozar comigo !
Estava-mos pela hora do almoço quando chegamos á pequena aldeia de Covas do Barroso, havia uma informação dada pelo Gps que ali eventualmente encontraríamos um pequeno café, o que nos agradava dado que poderíamos parar um pouco para descansar e fazer uma refeição ligeira.
Á entrada da aldeia encontramos um habitante de meia idade, adepto benfiquista assumido e confirmado pelo boné que usava ( afinal eles são seis milhões e um, porque garantidamente quando fizeram a contagem não foram dar com este aqui
no cú do mundo ) que nos confirmou a existência do “ O nosso café “.Aproveitamos então para nos sentarmos e comer o que levávamos nas mochilas, algum queijo que compramos e “ limparmos “as ultimas garrafas de vinho que tinha no estabelecimento. Tivemos ainda a amável oferta do sr “ benfiquista “ de uma broa de pão, que agradecemos.
Continuamos a viagem com a subida ao alto do Lasanho, na maior parte do tempo com a bike á mão devido ao piso de pedra polida que com o dia chuvoso estava “ impossível “.
Atingido o topo fiquei bastante defraudado devido ao intenso nevoeiro que nos impediu de ver a paisagem que “ imagino “ deve ser fantástica vista deste local. Fica para a próxima !!
Iniciamos aqui a parte do percurso mais descendente que nos levaria de novo á travessia do Rio Bessa e Tâmega.
O percurso de meia encosta indicado pelo Gps levou-nos a observar ( pouco devido ao denso nevoeiro ) todo o vale do Tâmega.
Os últimos quilómetros ascendentes foram feitos em asfalto até ao local onde tínhamos iniciado e encontraríamos o carros e o Keziamóvel que nos levariam de regresso.
Ainda bem que aqui toda a gente teve bom senso e ninguém se atreveu a perguntar : Ó . . ilva, tas fixe ?. Nesta fase do empeno a resposta podia ser bem “ pior “.
Todos acabamos satisfeitos. Aos colegas que participaram, João, Armindo, Baptista, Silva, Daniel e mano Figueiras, o meu obrigado por mais um excelente dia passado em conjunto. Aos colegas que não participaram, como fiquei com “ um gosto amargo “ da paisagem que imagino não ter desfrutado pelo “ denso nevoeiro “, fica a promessa de em breve lá voltarmos !


Texto:Alberto Figueiras
Vídeo:........Figueiras

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