terça-feira, 21 de julho de 2009

Peregrinação a S.Bento da Porta Aberta



Inicio/partida sábado (dia 18) ás 21:30 (junto ao estádio VSC )
Fim/chegada Domingo (dia 19) ás 8:00
Total 50 Km (previstos 46)
Média de 4,76 Km/h

...Esta é daquelas aventuras que têm que ser vividas para se dar valor a quem as faz como obrigação.
No meu caso foi a curiosidade e o gosto pela aventura. Já sabia que iria sofrer, porque durante os "treinos" (caminhadas de 2 horas aqui pela zona) sentia-me com dores enquanto que a Goretti não tinha a mínima queixa...
Partimos em direcção a Gonça, onde encontramos os primeiros grupos de peregrinos, mas como os andamentos eram diferentes optamos por não "colar" a nenhum, uns por estarem nitidamente em quebra, e outros por estarem nitidamente em forma, optamos por manter o nosso ritmo. Após Gonça era a escuridão total, devido a não haver qualquer iluminação pública, valeu-nos as minúsculas lanternas que ali pareciam autênticos holofotes...
...Em Vilela,uma placa indicava Póvoa de Lanhoso em frente, mas optamos por virar á direita em direcção a Taíde, por pensar-mos que iríamos passar ao lado de Póvoa de Lanhoso...Puro engano...Como não sabíamos onde eram os atalhos existentes por aí, fizemos uns bons quilómetros á toa, pois tivemos que passar mesmo na Póvoa de Lanhoso. A partir daí foi Calvos até Amarelos e Varzielas e aí encontrar-mos a conhecida N103 e continuarmos a ascensão até ás Cerdeirinhas, esse percurso também sem iluminação pública e com o perigo extra de alguns aceleras que faziam questão de por a vida deles e a nossa em perigo. Por aí foi onde começaram a aparecer outros peregrinos vindos dos atalhos, fazendo a estrada parecer com muito movimento pedestre, assim que os primeiros raios de sol permitiam ver que afinal não éramos os únicos a sofrer por ali.
A descida até ás pontes da Caniçada foi muito penosa, devido ao acumulado, eu tive que abrandar nas Pontes, pois até as pequenas inclinações das entradas das garagens dos residentes locais pareciam que tinham uma altura considerável, mas por ali já mal podia levantar os pés, mas só faltavam 3 quilómetros e sabia que não ia falhar...

O percurso foi inteiramente realizado por estrada, devido a nenhum dos intervenientes conhecer com exactidão os atalhos existentes, penso que pelos atalhos daria um total de 40 Km. Fica para a próxima!

Durante o percurso, tivemos oportunidade de falar com outros peregrinos onde constatamos que existem pessoas que fazem isso todos os anos enquanto puderem, e ouvi uma senhora que além desta peregrinação faz ainda a peregrinação a Fátima também todos os anos...

Não dei pelo tempo passar, houve sempre boa disposição e espírito de entre-ajuda, como é costume nestas famílias.

Obrigado.
Ao Manuel Vieira, ao João, ao Xavier e á Paula, ao Zé e á Joaquina...E se calhar ao S. Bentinho, que ajude aos que nele acreditam e se esforçam a pensar nele...




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