Marcou-se datas e apenas puderam comparecer 3, a razão do reduzido numero prende-se com um acidente do Silva, que foi quem fez a encomenda do local, o afastamento do Daniel, que era um dos mais entusiastas destas «aventuras» mas como ele teve problemas de saúde e sabia que era um percurso muito duro não e nos pode acompanhar juntamente com os seus pupilos.
O percurso foi muito duro em 2012 (como avisou um estrangeiro e ainda o Sr. Fontão)...Mas entretanto ficou ainda mais duro, pois com o inverno rigoroso que passou, aliado aos incêndios do ano anterior os caminhos pioraram e muito. Atualmente e um percurso só para homens, as senhoras e as crianças deverão permanecer junto as margens do rio homem juntamente com adultos responsáveis...
O local escolhido para o inicio foi a margem errada do Rio Homem, onde tivemos que procurar uma ponte, pois não haviam sacos para os pés que chegassem para todos (kezia's joke).
O rio Homem e desde a muito tempo um dos rios com que mais me identifico, se eu fosse rio queria ser como este.
O Homem tem um comprimento de 37 quilómetros, nasce no Geres (a barragem de Vilarinho das Furnas e o Rio Homem) e desagua no rio Cávado em Soutelo, mesmo ao pé de Vila Verde.
Na freguesia de Fiscal, na Pascoa, a cruz (e o Sr. padre e o gajo que leva um saco para se meter o dinheiro para o S. Pedro) são transportados num barco pelo rio que atravessa esta freguesia, isto para mim significa que o rio e calmo , tal como as suas praias fluviais que tem uma agua muito limpa e areias pouco profundas. Existem dezenas de praias ao longo das suas margens, onde e seguro estar com crianças junto a agua...Estranhamente aqui existe passagem mas poucas casas...
Mas as dificuldades só se fizeram sentir na «famosa» subida de 8 Km. onde o piso era basicamente como pedalar numa escombreira de uma qualquer pedreira...Antes um furo para avisar dos perigos das pedras sempre com calma e tranquilidade ou não fossemos homens tal como o nome do rio...
A foto seguinte relata uma solução nova :Colocar açúcar no tubeless para ajudar a que o liquido não escape do pneu do Figueiras, pois alguém deixou um vidro de grandes dimensões no trilho (dizem que era de uma garrafa de guaraná de um estrangeiro). Ao mesmo tempo a colher serviu para desmontar o pneu para se acrescentar liquido selante. O café assim sem açúcar estava amargo, segundo o Zé, mas ao menos o pneu continuou...
No topo do monte uma placa quase tapada pela vegetação (indicação segura que por aqui passa pouca gente), talvez por isso só aqui se avistou Garranos e aves de grande porte...
Aproveitamos para ler a placa, pois se alguém teve o trabalho de escrever tal placa, seria falta de respeito não ler o que la foi escrito...
Foi difícil, mas valeu a pena. A partir daqui o piso estava menos mal tratado, já estávamos no Distrito de Viana Do Castelo, a encosta tinha sofrido menos quer dos incêndios quer das chuvas...O esforço valeu a pena pelas paisagens rurais, embora agora nestes verdadeiros monumentos se deslumbrem aqui e ali uma antena parabólica indicando que já existe Internet e TV cabo por aqui, assim se explica a redução de natalidade mesmo no mundo rural...Em vez de se fazerem seres humanos com fartura, ta tudo a ver o RALY... ate aqui....
Durante a ultima descida que nos levaria ate Portela do Vade, onde se tinha decidido abandonar o trilho e regressar a Vila Verde por estrada, reparamos na total ausência de marcas de passagem de humanos claramente ocupados a ver TV em vez de apanhar a vegetação para dar conforto aos animais, animais estes que estão também estes a ficar descaracterizados tal como os homens, que ao desenvolverem o dedo polegar para ser usado para desprender a culatra das armas para expulsar outros homens das suas terras, esta agora a ser usado para deslizar nos ecrans tacteis dos tablet's e afins...Já vi jovens a utilizarem o polegar para premirem o botão do elevador...A isto chamo retrocesso...
.
Sem comentários:
Enviar um comentário