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....Com inicio do dia 30 de Abril de 2009, finalizado no dia 2 de Maio de 2009.
Foi mais uma daquelas aventuras que não se esquece.
...Tudo corre bem quando se faz por isso, e como os intervenientes desta aventura eram pessoas com uma maturidade acima da média (com a excepção dos 2 Kezia's)...
....Alguns elementos do famoso grupo BTT REBORDÕES, planearam esta viagem que nos levaria a Santiago de Compostela, com partida em Rebordões, a primeira etapa decorreu conforme o plano, que consistia em chegar a Valença e aí pernoitar no albergue S.Teotónio, que se encontrava vazio devido á excelente ideia de iniciar o Caminho um dia antes do habitual (evitando a grande afluência no feriado).
A manha estava chuvosa, mas todos apresentaram-se é partida munidos de protecções “especiais” para a ocasião, para que a viagem fosse confortável, desde plásticos sobre os alforges, guarda-lamas e os indispensáveis corta-ventos em plástico.
O caminho (para quem gosta de BTT) começa verdadeiramente em S.Pedro de Rates, com a Credencial do Peregrino carimbada no albergue local, e daí até Barcelos, onde nesse dia devido á Festa das Cruzes estava a decorrer o programa televisivo Praça da Alegria em directo, pedimos o respectivo carimbo num organismo Público e tivemos sorte em não nos cobrarem qualquer taxa... A primeira paragem para reforço alimentar, foi em Ponte De Lima com um magnifico arroz de sarrabulho para encararmos a tarde com energia até Labruja (mais um carimbo) onde tem aquela subida digna de uma prova de Trial. Depois de superada a famosa subida até parecia que faltava pouco, mas as energias gastas desde manhã tornariam a aproximação a Valença um pouco penosa, mas lá chegamos e enquanto se esperou pela chave do albergue, lavamos as bicicletas no quartel dos Bombeiros locais e ainda houve tempo para provarmos um pouco de presunto que o Luís fez questão de trazer de casa.
Nesta noite apenas lamentamos a inexistência de água quente no Albergue.
No 2º dia, já com Sol, depois do tradicional carimbo em TUI começamos a sentir o feriado, estava tudo fechado, os planos eram comprar comida em supermercados, mas estes estavam "serrados", e ao Meio Dia já não haviam mantimentos, chegamos a Redondela e até foi difícil conseguir qualquer coisa aberta para carimbar mais um "sello", mas em plena descida para Ponte Sampaio (que infelizmente já sucumbiu, apenas resta um fotografia no local) encontramos um lenhador que nos informou que a placa que indicava “restaurante a 50 metros” seria uma boa opção. E foi realmente algo de extraordinário, a qualidade do serviço prestado pelo proprietário do Restaurante Rural Lume Novo, é algo que fez com que estejamos todos a pensar em lá voltar, aqueles Picones estavam fenomenais, ainda nos ofereceu as sobremesas e café, deu para fazer ali mesmo a festa do meu aniversário com champanhe e tudo...
Depois veio Pontevedra e o seu belo centro Histórico, e antes de Caldas de Reis aproveitamos para mostrar aos nossos companheiros os Moinhos do rio Barosa que ficam desviados do Caminho apenas algumas centenas de metros, sendo um dos locais a não perder para uma refrescante bebida no bar local, para enfrentarmos os derradeiros quilómetros até ao próximo Albergue que seria em Padrón.
Seria, porque mais uma vez não conseguimos arranjar lugar porque estava cheio, mas como nos disseram que também não havia água quente…Aproveitamos andamos mais uns metros e procura-mos alojamento num Hostal,que já no ano passado tinha albergado os BTT Rebordões, por um preço simbólico, assim conseguiu-se uma boa refeição quente, um merecido banho de água quente e uma dormida numa verdadeira cama.
No 3º dia, apenas faltavam 22 Quilómetros, mas como optamos por tomar o pequeno-almoço mais á frente, fomos surpreendidos pelos horários de abertura dos cafés em Espanha, e apenas tivemos o pequeno almoço ao quilómetro 13,o que fez com que a chegada a Santiago fosse feita com muito mais vigor.
Depois da chegada optamos por sellar o ultimo sello para recebermos a respectiva Compostella, depois da habitual sessão de fotos, fizeram-se umas compras para levar para as famílias, provaram-se umas tapas, e regressamos calmamente em direcção ao nosso país…
Parece pouca coisa mas em todo o caminho e até no regresso, houve sempre um salutar espírito de entre ajuda entre todos, muitas gargalhadas e um sentimento de missão cumprida.
Agradeço a todos os elementos do BTT Rebordões, ao João, ao Baptista, á minha mulher e naturalmente a Santiago…
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